Venda ilegal de remédio controlado é alvo da Polícia Federal no ES

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A Polícia Federal no Espírito Santo começou uma operação contra a venda ilegal de remédios controlados em Aracruz, na região Norte do estado, na madrugada desta quarta-feira (30). Um farmacêutico foi preso.

O objetivo, segundo a Polícia Federal, é desarticular uma associação criminosa que atuava na prescrição, manipulação e comercialização de medicamentos controlados, sem cumprir a determinação legal ou de regulamentação.

As investigações começaram em junho de 2016, com uma denúncia anônima. A Polícia Federal fez alguns levantamentos e identificaram que o farmacêutico, que se denominava Dr. Fritz, que prescrevia e comercializava os medicamentos ilegalmente, incluindo controlados e anabolizantes.

Outras duas pessoas estão envolvidas no esquema: um dentista, que vendia os receituários para compra de antibióticos, e um funcionário de uma farmácia de manipulação, que atuava sem receitas médicas.
Além da prisão do farmacêutico, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e duas conduções coercitivas.

De acordo com a polícia, os fatos configuram, em tese, os crimes de tráfico de drogas (pena de 5 a 15 anos de prisão), associação para o tráfico (pena 5 a 15 anos de prisão) e exercício ilegal de medicina (detenção de 6 meses a 2 anos).

Perfil dos “consumidores”

Segundo o delegado da Polícia Federal, Vitor Simões Soares, as pessoas compravam os remédios para fins estéticos.

“Tinha anabolizantes, inibidores de apetite e vasos dilatadores. Além disso, tinha remédios comercializados para doenças graves, como pressão alta. Havia também medicamentos que não poderiam ser comercializados”, disse.

A venda era local, em Aracruz, mas várias pessoas de outros municípios iam até ao local para conseguirem comprar.

“Os medicamentos vendidos de forma ilícita são muito mais caros. Os medicamentos eram vendidos com o percentual de 50% a 60% mais caro que o normal. A estimativa é de que o esquema movimentava por mês cerca de R$ 20 a 25 mil”, completou o delegado.

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Fonte: Globo/G1

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