Entidades que integram a União das Polícias do Brasil-UPB estiveram reunidas na tarde da última quinta-feira, 16, com o Ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para tratar da PEC 287.
Participaram também da reunião o Senador José Medeiros e os Deputados Federais Lincon Portela e João Campos.
Na ocasião foi formulado um pedido ao Ministro Eliseu Padilha para que os profissionais que atuam na Segurança Pública sejam retirados, nesse primeiro momento, da reforma da previdência. Os representantes afirmaram que estão conscientes da necessidade da categoria contribuir com a reforma. Porém, pediram que haja um estudo, com a participação de especialistas indicados pela UPB, para melhor fundamentar as mudanças propostas para o setor.
Foi relatado também ao Ministro que a insatisfação é geral por conta das mudanças propostas, particularmente pela retirada da ATIVIDADE DE RISCO, o que vem provocando um clima tenso entre todos os segmentos da segurança, principalmente nos Estados.
O Ministro foi sensível a causa, afirmando que “não se pode tratar os iguais com desigualdade“, numa clara alusão às Forças Armadas e às Polícias Militares e Bombeiros Militares que ficaram, momentaneamente, fora da reforma. Disse ainda que não poderia dar uma resposta naquele momento, mas que iria ter um interlocução com o Presidente Michel Temer e os demais Ministros e Técnicos envolvidos no tema para aprofundar mais as discussões e buscar uma solução que atenda a todos.
Os Parlamentares presentes também se posicionaram a favor da retirada, nesse primeiro momento da reforma, dos operadores de Segurança Pública.
A ANSEF Nacional, membro integrante da UPB, esteve representada pelo seu Presidente João Antunes. “Conseguimos abrir um importante canal de negociação com o Governo Federal. O caminho será longo e a luta árdua. Não queremos privilégios, apenas que a nossa atividade de risco permaneça reconhecida no texto constitucional. A UPB continuará atenta na defesa da categoria. Possíveis mobilizações poderão ser convocadas em todos os Estados, dependendo das negociações. Devemos permanecer mobilizados visando o atendimento do nosso pedido. Entendemos a necessidade de um amplo debate da reforma que envolva todos os setores da Segurança Pública do País”, disse João Antunes.