Polícia Federal desarticula quadrilha que aplicava golpe na Previdência

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PF13

O caso vinha sendo investigado desde setembro de 2014, com a identificação de seis pessoas como participantes do esquema.
A Polícia Federal, em Força-Tarefa com o Ministério do Trabalho e Previdência Social e Ministério Público Federal, desarticulou na manhã desta quarta-feira (18/11) uma quadrilha especializada em fraudar benefícios de aposentadoria por invalidez, obtidos, em sua maioria, por via judicial no Distrito Federal e em Uberaba/MG.Estima-se um prejuízo de mais de R$ 4 milhões. Se considerar a expectativa média de vida de 75 anos divulgada pelo IBGE, poderia chegar a R$ 66 milhões, caso o golpe não fosse descoberto.
Cerca de 107 policiais federais e 23 servidores da Previdência Social cumpriram 23 mandados de busca e apreensão em escritório, clínicas e residências dos envolvidos.
O grupo vinha agindo desde 2009 e fraudava em duas frentes: um núcleo operava falsificando atestados médicos, exames, inclusive de imagem, para possibilitar que pessoas requeressem benefícios ou obtivessem a transformação de auxílio-doença em aposentadoria por invalidez. Já o outro núcleo agia diretamente com segurados que vinham de outros benefícios por incapacidade, na esfera administrativa, com outro tipo de doença, e, ao terem o benefício cessado por alta médica, a quadrilha preparava laudos com alguns diagnósticos de doença, em sua maioria cardíaca.
A falsidade ideológica na documentação apresentada pelos segurados por vezes foi detectada pela perícia médica da Previdência Social. O benefício pleiteado foi indeferido, e, em um dos casos, a Policia Federal foi acionada e o segurado preso em flagrante.
Para o requerente que não tinha contribuições mínimas para obtenção do beneficio, um contador inseria um vínculo laboral em empresas inativas e, em seguida, o restante do grupo agia.
O caso vinha sendo investigado desde setembro de 2014, com a identificação de seis pessoas como participantes do esquema, sem que tenha sido constatada, até o presente momento, a participação de servidores da Previdência Social.
Os envolvidos serão indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, falsidade ideológica, associação criminosa, entre outros.
A operação foi denominada Arquétipo, em alusão ao padrão de repetição de uma mesma informação nos laudos de exames e atestados médicos apresentados.

Fonte: Correio Braziliense

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