Operação foi deflagrada em diversas cidades do Estado, como Limoeiro e Timbaúba.
Uma associação criminosa que efetuava irregularmente a concessão de, pelo menos, 46 benefícios foi desarticulada pela Policia Federal (PF). Oriunda de um trabalho em conjunto entre o centro de inteligência do Ministério do Trabalho e Previdência Social e a PF, a Operação Citrus Prev foi deflagrada nas cidades de Limoeiro, Camutanga, Carpina, Lagoa do Carro, Timbaúba e Paudalho, ontem, com um total de um mandado de prisão temporária, 11 mandados de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva. Estima-se prejuízo de R$ 1 milhão aos cofres da Previdência Social.
De acordo com a chefe da delegacia contra crimes previdenciários, Carla Sasson, as investigações começaram há dois anos e tiveram por motivação auditoria realizada pelo INSS. “Através de uma repetição de pessoas ouvidas, identificamos que um intermediário foi contratado para capitanear pessoas para requerem benefícios na Agência de Limoeiro”, explicou, destacando que as vítimas pagaram acreditando ser a única forma de conseguir o benefício, que variavam entre auxílios maternidade, reclusão, assistencial e aposentadorias.
A associação criminosa efetuava regularmente bloqueios e desbloqueios de margem considerável, com finalidade de permitir a obtenção de empréstimos indevidos, fato que chamou atenção para a prática da corrupção. Essas fraudes estão sendo praticadas desde 2012 e a investigação foi desencadeada há quatro meses, através de denúncias que chegaram à ouvidoria do INSS. Dois servidores foram afastados e o atravessador teve a prisão decretada temporariamente.
“Ao todo, foram realizadas 11 operações desde o início do ano para cá, causando um prejuízo de R$ 28 milhões e evitando prejuízo de R$ 100 milhões ao longo prazo. Esta operação, em particular, amargou perda de R$ 100 milhões. É possível que seja mais que isso. Vamos conseguir levantar a medida em que a investigação se solidificar”, detalhou Marcelo Ávila, chefe do setor de inteligência da Previdência Social. A expectativa de vida do beneficiário será considerada ao contabilizar esse cálculo. Os crimes enquadrados na operação são: falsidade ideológica, estelionato qualificado, corrupção e especialmente a associação criminosa.
Fonte: FolhaPE