PF investiga desvio de R$ 2 bilhões com obras e serviços superfaturados

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No total serão cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e 24 de sequestro de bens de investigados.

A segunda fase da Operação Lama Asfáltica cumpre, nesta terça-feira (10/5), 67 mandados judiciais na investigação contra uma organização criminosa especializada em desviar recursos públicos federais através de obras de pavimentação de rodovias, construção e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica. De acordo com a PF, os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.

A ação, intitulada “Fazendas de Lama”, é feita em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU). No total serão cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e 24 de sequestro de bens de investigados, por cerca de 200 policiais federais, com apoio de 28 auditores da CGU e 44 da Receita Federal. As medidas ocorrem nos municípios de Campo Grande (MS), Rio Negro (MS), Curitiba (PR), Maringá (PR), Presidente Prudente (SP) e Tanabi (SP).Os presos serão encaminhados para a Superintendência da PF em Campo Grande, bem como os materiais apreendidos.

As investigações ocorrem desde 2013. Na primeira fase, a investigação constatou a existência de um grupo que superfaturava obras contratadas com a administração pública, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros. Para isso, a organização criminosa corrupção usava servidores públicos para cometerem fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos.

Nesta etapa, a PF analisou os materiais apreendidos, fiscalizações realizadas pela CGU e relatórios da Receita Federal. Foram constatados indícios da prática de lavagem de dinheiro, decorrente, inclusive, de desvio de recursos públicos federais e corrupção passiva, com a utilização de mecanismos para ocultação de tais valores, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie.

Fazendas de Lama

O nome da operação, segundo a PF, é uma referência a procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.

Fonte: Correio Braziliense

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