São Paulo/SP – A Polícia Federal deflagrou a Operação Recidiva, para desarticular um grupo criminoso que ameaçava servidores públicos no Estado de São Paulo. Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão, além de um novo mandado de prisão contra o homem preso em abril. As ações ocorrem nos municípios de São Paulo, Praia Grande, Diadema, Ribeirão Pires e Aguai. Todos os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal de Santo André.
A organização, alvo em abril deste ano da Operação Púnico, era especializada em inserir dados falsos nos sistemas de informação do INSS e criar benefícios a pessoas que não tinham direito a eles, no caso auxilio reclusão fraudulentos para presos que não tinham direito ao benefício.
Após o esquema ser descoberto pela PF em março deste ano, servidores passaram a ser ameaçados para permitir a continuidade das fraudes. Em abril foi realizada a Operação Púnico contra o grupo criminoso, mas, apesar das três prisões, as ameaças não cessaram, o que gerou novas investigações e a ação policial de hoje, com a prisão de líder dos suspeitos.
Não haverá entrevista coletiva. O delegado responsável pela operação poderá atender jornalistas durante a tarde. Interessados devem agendar pelo telefone (11) 3538-5013.
Em um dos endereços da busca, no município de Aguai, foi encontrada uma arma em situação irregular, o que levou à prisão em flagrante de um homem.
OPERAÇÃO PÚNICO – 17/4/2018
O inquérito teve início dia 22 de março, com a informação de que a chefe da agência da Previdência Social em Santo André estava sendo ameaçada após ter descoberto um esquema criminoso envolvendo um servidor lotado naquela mesma agência e, em razão disso, ter cortado seu acesso aos sistemas de inserção de beneficiários. As ameaças haviam se iniciado no dia seguinte ao corte do acesso. Após algum tempo, o gerente-executivo também começou a receber ameaças por telefone. As ameaças de agressão e morte mencionavam familiares.
A pedido da PF, o INSS realizou uma breve varredura nas atividades do servidor, em razão da necessidade de ação rápida, tendo verificado 12 benefícios que ele havia processado. Dessa análise, 100% dos benefícios tinham indícios de fraude. A COINP aprofundou a análise dos casos e verificou outras fraudes envolvendo o grupo investigado.
Os investigados respondem, na medida de suas participações, pelos crimes de inserção de dados falsos em sistemas informatizados da União, estelionato contra a União, ameaça e organização criminosa, com penas que variam de 1 mês a 13 anos e 4 meses de prisão.
A PF agiu em conjunto com o INSS, o Ministério Público Federal e a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária do Ministério da Fazenda (COINP), que garantiram toda a integração necessária para uma investigação criminal célere e bem-sucedida.
Comunicação Social da Polícia Federal em São Paulo