PF, CGU e RF deflagram a 5ª fase da Operação Lama Asfáltica

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A Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e a Receita Federal deflagram nesta terça-feira (14/11) a quinta fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Papiros de Lama, com o objetivo de desbaratar organização criminosa que desviou recursos públicos por meio do direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos, financiamento de atividades privadas sem relação com a atividade-fim de empresas estatais, concessão de créditos tributários com vistas ao recebimento de propina e corrupção de agentes públicos.

Aproximadamente 300 policiais federais, servidores da CGU e servidores da Receita Federal cumprem dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, seis mandados de condução coercitiva, 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. As medidas estão sendo cumpridas em Campo Grande/MS, Nioaque/MS, Aquidauana/MS e em São Paulo/SP.

Esta nova fase da investigação decorre da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, cotejados com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas e, ainda, corroborados por depoimentos de colaboradores, os quais participaram do esquema delituoso. Este arcabouço probatório permitiu ratificar a linha investigativa adotada pela Força Tarefa acerca do modo de atuação da organização criminosa.

Restaram corroboradas as provas já existentes acerca de desvios e superfaturamentos em obras públicas, direcionamento de licitações, uso de documentos ideologicamente falsos para justificar a continuidade e o aditamento de contratos, aquisição ilícita e irregular de produtos e obras, concessão de créditos tributários direcionados, tudo com a participação de servidores públicos.

Os valores repassados a título de propina eram mascarados com diversos tipos de operações simuladas, de forma a dar falsa impressão de licitude ao aumento patrimonial dos integrantes do grupo criminoso ou de dar maior sustentação financeira aos seus projetos.

Uma das novas formas descobertas da lavagem de capitais era a aquisição, sem justificativa plausível, de obras jurídicas, por parte de empresa concessionária de serviço público e direcionamento dos lucros, por interposta pessoa, a integrante do grupo criminoso. Em virtude deste estratagema, a operação foi batizada de Papiros de Lama.

Os prejuízos causados pela organização criminosa ao erário, levando-se em consideração as fraudes e as propinas pagas a seus integrantes, passam dos R$ 235 milhões.

Será realizada entrevista coletiva, às 10h, no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal em Campo Grande/MS.

Link da coletiva: https://www.youtube.com/channel/UCJ6xgYoOidsC_cb4s0vMlIQ

FONTE:Comunicação Social da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul

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