Em entrevista ao Voz Ativa, órgão oficial de divulgação da Ansef Nacional, o presidente da entidade fala dos planos da nova diretoria, das metas a serem alcançadas e da inserção da Ansef nas negociações que tratam dos interesses dos seus associados. “O DPF já perdeu muito com essa desarmonia. Unidos, seremos imbatíveis”, diz Antunes.
“Temos um histórico de lutas e conquistas tanto fora como dentro da Polícia Federal. Portanto, acredito que a entidade tenha uma ampla legitimidade – inclusive com relação às ações no judiciário – e, consequentemente, obrigação de estar junto com as demais entidades, discutindo com a Direção-geral e com o governo, as demandas dos nossos interesses como um todo. Vamos lutar para reunificar o órgão”, assegura o presidente da Ansef Nacional.
Veja a entrevista:
Voz Ativa – Após a euforia da posse, agora na condução da Ansef Nacional, qual o seu maior desafio?
Antunes – O nosso maior desafio é atender e até superar as expectativas dos nossos associados com uma gestão hábil e inovadora, com a elaboração de um planejamento estratégico com ampla participação, pois, somente com engajamento e motivação de todos é que alcançaremos o sucesso.
Voz Ativa – Muito se tem falado sobre planejamento estratégico. Qual a importância para a Ansef?
Antunes – Podemos enumerar vários fatores. Porém, a que mais pode ser destacada no nosso caso, é desenvolvermos a cultura organizacional na entidade, estabelecendo metas a serem alcançadas, definindo quais resultados queremos atingir a curto, médio e longo prazo, todas voltadas para os interesses das nossas afiliadas e seus associados.
Voz Ativa – Então a Ansef só ganha com esse planejamento?
Antunes – Sem dúvida. Se levarmos em conta que ele terá a participação do Conselho Nacional na sua elaboração, com certeza vai existir um alinhamento direto com as bases, maximizando as possibilidades de execução dentro das expectativas de todos.
Voz Ativa – O que é relevante para o planejamento estratégico dar certo?
Antunes – Cito duas. Primeiro, uma ampla participação com motivação, pois o plano tem que ser de todos. Segundo, um misto de ousadia e realidade. Não só temos que quebrar antigos paradigmas, como também termos o cuidado para que os objetivos sejam factíveis para que não haja descrença na sua execução. Com essa dinâmica, não tem como não dar certo.
Voz Ativa – Você pode citar quais objetivos terão prioridade?
Antunes – Como a primeira e maior entidade representativa de classes do DPF, resgatar a sua importância política, reconduzindo a entidade ao seu papel fundamental na defesa dos interesses de seus associados, colocando-a novamente no cenário nacional. Na parte financeira, elaborar projetos para a captação de recursos para fazer frente às necessidades das ações desenvolvidas nas diversas áreas de atuação da Ansef, com uma atuação bem próxima das suas afiliadas, dispensando uma atenção especial para as entidades que dispõem de menos recursos.
Voz Ativa – E quando este planejamento será colocado em prática?
Antunes – Não temos tempo a perder. Os recursos na entidade estão escassos. É comum, nestes casos, não termos motivação ou atenção necessária para cumprir todas as obrigações e, muitas vezes, por desconhecimento e falta de visão estratégica, priorizar a ação errada. Portanto, não podemos cometer enganos. Temos que criar e por em prática um plano estratégico que contemple ações com objetivos corretos e prioritários.
Voz Ativa – E com relação às modificações estruturais necessárias para o perfeito funcionamento do DPF, o que a Ansef se propõe fazer?
Antunes – Como já citei, a Ansef foi a primeira entidade associativa criada dentro do órgão para congregar todas as categorias. Foi muita ousadia da nossa parte à época, pois vivíamos ainda na ditadura militar com um general na presidência. Temos um histórico de lutas e conquistas tanto fora como dentro da Polícia Federal. Portanto, acredito que a entidade tenha uma ampla legitimidade – inclusive com relação às ações no judiciário – e, consequentemente, obrigação de estar junto com as demais entidades, discutindo com a Direção-geral do órgão e com o governo, as demandas dos nossos interesses como um todo. Vamos lutar para reunificar o órgão. Vivemos num apartheid funcional. Temos que acabar urgentemente com isso e trazer a paz, o respeito e a valorização de todas as categorias, elevando assim a auto-estima dos servidores. A Polícia Federal já perdeu muito com essa desarmonia. Como disse no meu discurso de posse: unidos seremos imbatíveis!!!
Voz Ativa – Para finalizar, qual a mensagem que você deixa para os associados?
Antunes – Deixo duas mensagens. Uma de agradecimento e outra de otimismo. Agradecimento pela oportunidade que nos deram para conduzir a Ansef no triênio 2013/2016. Faremos o que tiver ao nosso alcance para corresponder às expectativas de todos. E de otimismo, pois estamos com um grupo unido, motivado e comprometido com o resgate da Ansef Nacional.