A partir de hoje, o site ANSEF passa a contar com uma colaboração ilustre: Nelson Vieira de Souza, APF aposentado, ex- diretor regional da ANSEF e ex-presidente da Assofederal no estado de Mato Grosso do Sul, enviará um artigo mensal sobre os mais diversos assuntos para o site. Natural de Porto Alegre (RS), graduado em Gerência de Marketing pela UNIDERP, membro da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul e membro do FESC-MS, Nelson Vieira de Souza é autor dos livros de crônicas Cotidiano (2.ª edição) e Frutos de Percepções (1ª edição -temas maçônicos) e começa sua contribuição com um tema oportuno: Mães. A diretoria da ANSEF aproveita o belo texto de Nelson Vieira para homenagear e agradecer de coração a todas as mães da família ANSEF. Parabéns mamães!
MÃE NOSSA DE CADA DIA!
Por Nelson Vieira
Mãe! Uma palavra pequenina, que exprime uma força descomunal, pertinente às mulheres, possuidoras da dádiva de procriar seres semelhantes. No entanto, há aquelas que não podem ser Mães, é o caso de que toda regra há exceção.
No entanto, mesmo nas limitações temos as Mães adotivas, essas mulheres fora de série pela tomada de posição sublime, ao aceitar criar, educar e preparar ser (es) humano(s), em família, em condição de igualdade, como consanguíneos, num desprendimento insigne, de coragem. São pessoas que possuem o perfil, de adotar e se doar em favor de outrem, no mundo.
Agora, ao retroagir no tempo e feita uma análise instantânea, dá para dimensionar o quanto fomos danados e cometemos travessuras para mais de metro, e, lá estava a Mãe para nos colocar no caminho certo. Sim, por várias vezes a deixamos de cabelos em pé, e ficávamos com medo do pai tomar conhecimento de imediato das ocorrências. Era necessário se auto preparar para absorver as conseqüências. Xi, se ele soubesse de pronto, aí de nós, um castigo, uma surra, com certeza acontecia. A Mãe, nunca, nada escondeu e tudo ela contava para o pai. E até foi muito bom, graças a Deus, os corretivos foram ministrados no momento certo.
Nem por isso a gente deixou de traquinar. Ninguém era e é santo. Aprontamos, e muito. E até para isso tinha que ter criatividade. Havia em contrapartida, respeito a tudo e a todos e também tínhamos obrigações, não havia mordomias. E aí daquele que descumprisse suas tarefas. Não havia o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente e nem os Conselhos Tutelares. Ninguém morreu, sobrevivemos às reprimendas, nos tornando cidadãos. Sempre houve o pulso firme da Mãe, coadjuvada pelo pai, uma parceria que deu certo.
Mãe é mãe, por exemplo, lembram-se daquele momento épico da decisão do rei Salomão, quando a Mãe preferiu que o filho fosse entregue a outra mulher, do que vê-lo dividido (morto). Atitudes para manter a vida dos filhos a qualquer custo, seguidamente acontecem. Como aquele episódio que foi registrado por uma equipe de reportagem de uma emissora de televisão, dias próximos passados: uma
Mãe jogou-se num poço a céu aberto para salvar o filho (criança), sendo que ela não sabia nadar. Felizmente, ambos saíram ilesos do incidente.
A globalização chegou trazendo facilidades. E, como consequência são inúmeras as novidades e não é para menos, as pessoas acabam seduzidas pela automação. Nada contra os avanços tecnológicos, muito pelo contrário, só que o homem tem sentimentos, algo que as máquinas não possuem. As máquinas contribuem para o desenvolvimento, entretanto nunca irão substituir uma Mãe, isto é, elas (as máquinas) produzem somente o que é ou está programado. Elas auxiliam as Mães.
Ter a Mãe ao lado, junto, é extraordinário. Felizes são os que as tem. A falta que faz uma Mãe, sua perda, gera um espaço vazio que jamais será preenchido. É como que sofrer uma amputação e ficar aleijado. A sequela é permanente.
Em quantas ocasiões recorremos a Mãe para obter conselhos? Perdemos a conta! Algumas vezes ficamos chateados por ela tolher algumas de nossas vontades que, poderiam redundar em prejuízos e nós “espertos”, queríamos porque queríamos dar vazão às pretensões. Com sabedoria soube conter nossos ímpetos de arrojos. Foram tantos que, cedemos à mão à palmatória.Um dado importante e corriqueiro, a Mãe sempre enxerga no filho feito adulto, o menino, o moleque, o garoto, o guri, o piá, denominações postas em prática, dependendo da região, mas com carinho.
Com direito de volta e meia, ora orientar, ora puxar as orelhas e passar uma carraspana, mesmo com o passar dos anos, no declínio natural acometido as pessoas.
Criaram uma data para homenagear as Mães, afinal, elas merecem. Na verdade, elas devem ser reverenciadas diariamente, se assim for possível. Mãe é um ser especialíssimo na nossa vida, e só se tem uma, a Mãe nossa de cada dia! A que gerou ou não, mas aquela que fez e faz das tripas ao coração para o(s) filho(s) ser (em) Homem (ns) com H maiúsculo, no sentido amplo da palavra.
Mãe! Exemplo de criatura, jeito de ser, uma herança, uma sucessão de bens que devemos cultuar. Somos eternamente pequenos diante da sua grandeza de pessoa, que no seu coração, na sua mente continuamos aquela criança grande.
Na simplicidade, as Mães moldam as “esculturas”, suas obras, dão mobilidades, proporcionam “asas” às imaginações dos filhos, para o amanhã. Às Mães que estão entre nós, nosso reconhecimento pelo que fizeram, fazem e, com certeza continuarão fazendo em benefício do (s) filho(s), motivo pelo qual rogamos ao Grande Arquiteto do Universo que é Deus, que as ilumine, dotando-as de saúde e sabedoria no cumprimento do sacerdócio de ser Mãe, um dom divino.
As Mães que passaram para o oriente eterno, nossa eterna gratidão.