Dilma manda Cardozo resolver impasse na PF

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Policiais federais não aceitam aumento de 15,8% concedido a todos os servidores e continuarão parados.
Após o envio do projeto de lei que fixa o Orçamento-Geral da União de 2013 com adesão de quase todos os servidores públicos federais ao reajuste de 15,8% proposto pelo governo em três anos, a decisão de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal de manter a greve criou um impasse dentro do governo, pois se esgotou o prazo para a assinatura dos acordos salariais.
A presidente Dilma Rousseff quer que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, resolva de vez o imbróglio, pois há um mês foi informada de que a situação estava sob controle, o que os fatos desmentiram.
Os dirigentes sindicais da categoria pretendem recorrer ao relator do projeto de lei do Orçamento de 2013, senador Romero Jucá (PMDB-RR), para que ele convença o governo a conceder aumento maior que os 15,8% oferecidos. Pressionado pela presidente, Cardozo não gostou da ameaça feita pelos policiais de parar as investigações em curso e disse que aplicará a lei. “Seremos rigorosos no controle do ponto”, garantiu o ministro na última sexta.
Embora tenha sido incluído na proposta do Orçamento, os servidores do Judiciário também não aceitaram o reajuste linear de 15,8% em três anos. A presidente Dilma encarregou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, de conversar com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Brito, para tentar convencer a categoria a aceitar a oferta.
CartilhaOs agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal iniciarão a semana com mais protestos, mesmo que decidam por suspender a greve que vem desde 7 de agosto. Eles distribuirão uma cartilha esclarecendo à população as funções que eles têm desempenhado, muito além do que prevê a legislação, como atuar na área da inteligência, investigando e fazendo relatórios. Eles querem a reestruturação da carreira e da tabela salarial, que atualmente é nível médio, embora todos os cargos da carreira policial federal sejam de nível superior.
Autor: Jorge FreitasFonte: Correio Braziliense     –     02/09/2012

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