Nesse período que antecede a eleição da ANSEF Nacional, tenho ouvido alguns dizendo: “TEM QUE HAVER MUDANÇA”!
Pergunto: a que “mudança” essa afirmação se refere?
Também sou totalmente a favor de mudança, ela é salutar, benéfica, desde que exista algo deliberadamente errado, algo grave para ser mudado. Tenho a humildade em reconhecer que nem tudo foi acerto e que correção de rumo precisará acontecer. Porém, se alguma coisa vem dando certo, vamos aproveitar e melhorar, pois, sempre haverá um algo a ser aperfeiçoado. A proposta não tem que ser apenas “MUDAR POR MUDAR”. Tem que haver critério e responsabilidade. Até porque existe a dificuldade de encontrar nomes com disponibilidade — muitos ainda estão na ativa — para compor uma equipe. Tem dirigente atual que pode — e deve — pelo trabalho desempenhado, pela experiência adquirida e pela vontade em continuar se doando, fazer parte de qualquer futura gestão da ANSEF Nacional.
Vamos às considerações:
— Se a “mudança” se refere a nomes:
Qualquer grupo que está se apresentando para dirigir a ANSEF Nacional no próximo triênio tiver a honra de ser escolhido, a “mudança” já estará consumada, pois, a entidade terá um novo presidente com ideias e ações próprias, alguns novos integrantes na diretoria, novas políticas e um novo planejamento com novas metas. Temos sim é que diminuir a chance de erro, analisando o histórico do candidato — e equipe — a experiência, o passado de dedicação, sem mácula, à família ansefiana, seja atuando numa Regional e/ou na Nacional.
A alternância de poder sempre é saudável, pois, traz novas perspectivas de gestão, com ideias diferentes e ânimo renovado. Muitos de vocês sabem o desagaste físico, mental e funcional que um gestor sofre no decorrer do seu mandato. Isto é claro, quando leva a sua administração com comprometimento, seriedade, responsabilidade e determinação, como tem que ser, evitando promiscuidades, privilégios de uns em detrimento de outros, contrariando interesses individualizados e localizados.
Por essa razão é que deixei clara, antes de ser convidado, a minha decisão de não aceitar permanecer em nenhuma administração futura, exatamente para não dar a conotação de “continuísmo”. Porém, estarei sempre na entidade como um bom ansefiano, contribuindo apenas nos bastidores como associado, sempre pronto a colaborar com a experiência adquirida, com humildade e presteza para com aquele que me suceder.
— Se a “mudança” se refere a gestão:
Acredito que a atual gestão tem sido exitosa. A política adotada na condução da entidade proporcionou algumas conquistas que foram fundamentais para que chegássemos até aqui — incremento no patrocínio de ações judiciais, resgate da representatividade política, da capacidade de gestão administrativa, a recuperação financeira da entidade com reflexo positivo no seu fluxo de caixa, que possibilitou uma significativa elevação patrimonial — como já é de amplo conhecimento.
Portanto, não há que se evocar, de modo pejorativo, a palavra “mudança” apenas com oportunismo eleitoral. A mudança, de uma forma ou de outra, acontecerá e é necessário que aconteça. Como disse acima, nova política de gestão será adotada, outras metas serão priorizadas.
Um dos fundamentos da boa administração diz que todo gestor deve se guiar pelo passado com dois objetivos:
1. Identificar erros para não repeti-los; e
2. Aproveitar o que deu certo para, a partir daí, melhorar ainda mais o desempenho da instituição.
Nunca tive a pretensão de ser o melhor, tampouco o pior. Nem de ser infalível, pois, é utopia. Quis sim, dentro das minhas limitações, dar tudo de mim, com obstinação em alcançar as metas planejadas. Quanto a isso, tenho a tranquilidade de afirmar que chegarei ao final da minha gestão com entrega total, com a certeza de que fiz o meu máximo, e a satisfação do dever cumprido. Quando falo em dever cumprido, incluo no mérito os membros da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal — titulares e suplentes — e o corpo de colaboradores da ANSEF que estiveram ao meu lado nas duas gestões, pois, sem eles, as conquistas não teriam sido alcançadas.
Como sempre digo: administrar é muito fácil, desde que o gestor se cerque de pessoas competentes, delegue missões e vá à frente para dar exemplos que mereçam ser seguidos, conquistando a confiança e o respeito da sua equipe. Com tranquilidade posso afirmar que nessa jornada conquistei muitos amigos, o que considero o meu maior legado!
Desejo ao meu sucessor todo êxito possível. Que ele, junto com a sua equipe, faça muito melhor pela nossa entidade — consolidando e avançando ainda mais nas conquistas — honrando a escolha do seu nome para exercer, com excelência, o digno cargo de Presidente da ANSEF Nacional.
Abraços ansefianos.