PF investiga má gestão no fundo de pensão REFER

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Rio de Janeiro/RJ – A Polícia Federal deflagrou nesta a Operação Fundo Perdido, para investigar a má gestão dos recursos da Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social (REFER), fundo de pensão de empregados pertencentes à diversas empresas da área de transportes ferroviários.

São cumpridos 4 mandados de prisão temporária e a 6 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

A PF instaurou inquérito policial, no ano de 2014, e apurou que, sob o pretexto de adequar-se à nova Resolução da Comissão de Valores Mobiliários n° 3.792/2009, a política de investimentos da REFER foi alterada. Isso permitiu um afrouxamento no processo decisório da entidade, o que facilitou a realização de, ao menos, onze investimentos malsucedidos entre 2009 e 2016, em um valor de mais de R$ 420 milhões. O prejuízo estimado é de quase R$ 300 milhões.

Essa alteração da política de investimentos da REFER ocorreu na gestão de 3 diretores à época que tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça, juntamente com o Coordenador de Investimentos do Fundo de Pensão. O Comitê Diretor de Investimentos e o Conselho Deliberativo da REFER também decidiram pelo afrouxamento das regras. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar do Ministério da Fazenda (PREVIC) e o Ministério Público Federal (MPF) atuaram juntamente com a PF na apuração dos fatos, tendo a PREVIC efetuado diversas autuações administrativas dentro da sua atribuição fiscalizatória.

São investigados os crimes de gestão fraudulenta e organização criminosa, tendo a Justiça determinado o afastamento cautelar de um diretor e de um gerente da REFER. Também foi determinada a apreensão dos passaportes de diversos empregados do Fundo de Pensão, além do bloqueio de bens e do afastamento de sigilo bancário e fiscal.

 

Fonte: Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro

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