A Polícia Federal deflagrou na manhã do dia (1º) a Operação Cifra Oculta para apurar crimes eleitorais e lavagem de dinheiro relacionados à campanha de 2012 para prefeitura municipal de São Paulo.
Cerca de 30 policiais federais cumprem nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, nas cidades de São Paulo, São Caetano e Praia Grande.
O inquérito policial é um desmembramento da Operação Lava Jato e iniciou-se em novembro de 2015, em razão de determinação do Supremo Tribunal Federal para desmembrar a colaboração premiada de executivos da empresa UTC em anexos para a investigação nos estados.
A investigação apura o pagamento, pela empreiteira, de dívidas de uma das chapas da campanha de 2012 à prefeitura municipal de São Paulo, referentes a serviços gráficos no valor de 2,6 milhões de Reais. A gráfica pertencia a familiares de um ex-deputado estadual.
A dívida teria sido paga por meio de um doleiro, em transferências bancárias e dinheiro vivo, para empresas. Uma empresa mencionada na delação aparece como fornecedora de serviços, com valores informados de cerca de R$ 355 mil. Somente consta na prestação de contas ao TSE outra prestação de serviços gráficos de R$ 253 mil, valores bem inferiores à soma de R$ 2,6 milhões que teria sido paga pela empreiteira UTC a gráficas.
Os investigados responderão, na medida de suas culpabilidades, pelos crimes de falsidade ideológica na prestação de contas à Justiça Eleitoral e lavagem de dinheiro, com penas de até 10 anos de prisão e multa.
Haverá entrevista coletiva às 11h no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo.
FONTE: Comunicação Social . Superintendência da Polícia Federal em São Paulo