A Operação Antiquários da Polícia Federal busca cumprir três mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (18) para localizar obras de arte furtadas e que pertencem ao Museu Imperial, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Os mandados, expedidos pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, são cumpridos no estados do Rio de Janeiro, São Paulo e na Bahia. Ainda não há informações de quantos objetos foram subtraídos e qual a importância histórica deles.
Segundo a Polícia Federal, no ano de 1999 houve uma doação, por escritura pública, de um imóvel e de aproximadamente 4 mil obras ao Museu Imperial.
As investigações do inquérito policial apontam que, no ano de 2014, parentes dos próprios doadores teriam subtraído os itens doados antes da incorporação definitiva das peças ao acervo do Museu. O crime teria acontecido após o falecimento do último doador, que permanecia com a propriedade dos bens na condição de usufrutuário. O objetivo da operação é achar as peças e aprofundar as investigações do crime de furto qualificado.
O Museu Imperial foi construído para ser o Palácio de Verão do imperador D. Pedro II. A obra foi iniciada em 1845 e concluída em 1862.
As investigações contam como o apoio do próprio Museu Imperial. Segundo a Polícia Federal, as obras subtraídas ficavam na Casa Geyer, no Cosme Velho, no Rio de Janeiro, antes da doação. Os agentes suspeitam que os investigados faziam de suas residências e escritórios, galerias privadas com o acervo desviado. As penas do furto qualificado podem chegar a 8 anos de reclusão e multa.
Em nota enviada ao G1 às 18h19 desta quarta (18), um advogado da família Geyer informou que a “relação da família com o Museu Imperial sempre foi pautada pela transparência e cordialidade. O reconhecimento da propriedade de objetos é um problema bilateral e a busca e apreensão só ocorreu em razão da provável falta de comunicação entre o Museu Imperial e o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, pois todo o acervo dos herdeiros sempre esteve à disposição para confrontação e análise”.
Ainda de acordo com a nota, “a família mantem-se à disposição para auxiliar na compreensão dos fatos, e pretende tomar providências no sentido de clarificar a natureza, qualidade e titularidade dos objetos, pois sempre os herdeiros se pautaram pela boa-fé na relação com os representantes do Museu Imperial”.
Fonte: Globo/G1