Polícia Federal deflagra Operação Piratas do Caribe em três estados

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A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (13) a Operação Piratas do Caribe, que busca desarticular uma organização criminosa de ‘coiotes’ responsável por levar brasileiros ilegalmente para os Estados Unidos. Cerca de 30 policiais cumprem sete mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva em Rondônia, Santa Catarina e Minas Gerais. Ao menos três pessoas já foram presas, no estado mineiro e uma em Rondônia.
Segundo o delegado da PF, Raphael Baggio de Luca, a ação visa desarticular uma ramificação brasileira de uma organização criminosa que transporta brasileiros de forma ilegal ao exterior, principalmente aos Estados Unidos, via Bahamas.

A operação também busca informações que indiquem onde estão os 12 brasileiros desaparecidos em novembro do ano passado na região das Bahamas.
Em Santa Catarina, as diligências ocorreram em Joinville. O G1 tentou contato com as PFs catarinense e rondoniense, mas não havia informações sobre as ações relacionadas à operação feitas em solo catarinense até a publicação desta notícia.

Entrada ilegal

Segundo a PF, antes de sair do Brasil, “os imigrantes ficavam em alguma cidade com aeroporto internacional de fácil acesso aguardando a ordem de embarque para as Bahamas, que ocorria quando um determinado agente de imigração daquele país facilitava a entrada dos brasileiros. Em Bahamas, os imigrantes aguardavam por vários dias para embarcar para os EUA de barco”.

“Quando chegavam nas Bahamas, ficavam em uma casa pelo tempo que a organização determinasse, até receber a ordem para embarcar via barco das Bahamas para os Estados Unidos, na região da Flórida”, disse o delegado Raphael Baggio de Luca, da PF de Rondônia.

A promessa era que os brasileiros atravessariam em um iate, mas a realidade era outra. “Na verdade, colocam em um barco, canoa, embarcações péssimas. Faziam as travessias de forma perigosa, à noite. Durante o dia, ficavam escondidos em ilhas na região, sem alimentação, sem bebida, para continuar a viagem à noite. Tudo para ludibriar a fiscalização”, afirmou Luca.

O preço cobrado pela organização varia, conforme o delegado. “Teve quem pagou R$ 40 mil, outros R$ 60 mil. Um grupo de quatro pessoas daria uma casa para atravessar, é nesta média de preço”, informou.

12 desaparecidos

Conforme Luca, o grupo de 12 brasileiros desaparecidos foi transportado por esta organização. “Dentre as pessoas que esta organização transportou, encontram-se 12 brasileiros que estão desaparecidos”, disse.
O objetivo desta fase da investigação é colher provas de onde estejam estes brasileiros e verificar o grau de envolvimento de outras pessoas neste esquema, “que não só envolveu brasileiros como outras pessoas do estrangeiro”, informou o delegado.

Fonte: Globo/G1

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